quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Jorge Pedreira desvenda mistério da avaliação de professores

Texto recebido por e-mail:

Jorge Pedreira admitiu hoje o óbvio: a Avaliação do Desempenho não tem por objectivo cimeiro aumentar a qualidade da oferta educativa das escolas e, muito menos, promover o desenvolvimento profissional dos docentes. Nas palavras do Secretário de Estado (que é Jorge mas que de educação nada percebe) apenas visa contribuir para a redução do défice público. -- Eureka!

O enigma da má-fé ministerial fica finalmente revelado.

No fórum da 'TSF' da manhã de hoje, Pedreira, justificou os motivos pelos quais o ME discorda da proposta de António Vitorino em adiar a avaliação e testar-se o modelo preconizado pelo M.E. em escolas piloto durante um ou dois anos.

Pedreira (o Jorge, que até é secretário da ministra Lurdes), confessou o politicamente inconfessável: '*Terá de haver avaliação para que os professores possam progredir na carreira e assim possam vir beneficiar de acréscimos salariais*' (sic).

Ou seja, aquilo que hoje se discute no mundo ocidental (democrático e desenvolvido, como rotula mas desconhece a 'primeira ministra'), gira em torno da dicotomia de se saber se a avaliação do desempenho docente serve propósitos de requalificação educativa (se para isso directamente contribui) ou se visa simplesmente constituir-se em mais um instrumento de redução do défice público.

Nesta matéria, Pedreira (o tal que é Jorge e ao mesmo tempo teima em ser secretário da ministra que também parece oriunda de uma pedreira), foi claro: *Importa conter a despesa do Estado com a massa salarial dos docentes *; o resto (a qualidade das escolas e do desempenho dos professores) é tanga(!!!).

Percebe-se, assim, porque motivo este modelo de avaliação plagia aquele que singra na Roménia, no Chile ou na Colômbia. Países aos quais a OCDE, o FMI, o *New Public Management* americano, impôs: da escola pública em nome da contenção da despesa pública*; Percebe-se, assim, por que razão a ministra Maria de Lurdes (que tem um secretário que, como ela, também é pedreira) invoque a Finlândia para revelar dados estatísticos de sucesso escolar e a ignore em matéria de avaliação do desempenho docente.

Percebo a ministra pedreira: não se pode referenciar aquilo que não existe.

A Finlândia, com efeito, não tem em vigor qualquer sistema ou modelo formal e oficial de avaliação do desempenho dos professores!

Agradeço à pedreira intelectual que grassa no governo de Sócrates (que por acaso não é pedreiro -- até é engenheiro), finalmente nos ter brindado com tão eloquente esclarecimento. Cito-os:*A avaliação dos Docentes é mais um adicional instrumento legislativo para combater o défice público (!).
Obrigado, Srs. Pedreiras, pela clarificação do óbvio.
*P. S. - Passem palavra e não queremos acordos!!!*

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Afinal o famoso relatório da OCDE foi encomendado pelo ME: é tudo fogo de vista!

Ramiro Marque já desmascarou a palhaçada ensaiada a que assistimos hoje na comunicação social. Afinal o famoso Relatório "Política Educativa no 1º CEB (2005/08)" não é da OCDE. É desenvolvido por um grupo de peritos "liderado por Peter Matthews" e segue os critérios ("metodologia e abordagem") da OCDE. E foi solicitado pelo ME, que, para abonar a credibilidade, assegura que foi elaborado por uma equipa de peritos internacionais de independentes, encomendado e pago pelo Ministério da Educação.
Um dos autores do relatório é Alexandre Ventura: professor da Universidade de Aveiro e Presidente do CCAP. O documento é um simples relatório: não é uma investigação. Para além da equipa ter reunido com os dois secretários de estado, dirigentes da IGE, os coordenadores nacionais dos planos da formação de professores de Matemática, Português e Ciências, teve também encontros com os dirigentes de 3 associações de professores (pré-escolar, inglês e educação física), com 10 coordenadores de escolas do 1º CEB, com 4 especialistas de educação (João Formosinho, Isabel Alçada, Lucília Salgado e Rosa Martins, todos habitualmente favoráveis à política educativa do Governo), os directores regionais da educação, os directores dos serviços centrais do ME, 5 membros do conselho de escolas (Álvaro Santos incluído), 3 dirigentes da CONFAP (Albino incluído), 7 presidentes de câmaras municipais, 3 membros do Conselho Nacional da Educação e 4 membros de sindicatos de professores (2 da FNE e 2 da FENPROF). No relatório, é dito que houve visitas a algumas escolas e conversas com pais e professores. E é tudo. Não há dados provenientes de provas externas e nada no relatório permite estabelecer uma relação de causa e efeito entre as medidas tomadas pelo Governo e qualquer hipotética melhoria dos resultados escolares ou da qualidade das aprendizagens. Não há nenhuma amostra aleatória ou representativa. In Ramiro Marques (http://www.profblog.org/)
Pudera, a reunir com este tipo de pessoas era de prever que o relatório fosse parcial e se ficasse por apenas um dos pontos de vista.!
Trata-se de mais uma manobra de PROPAGANDA orquestrada e ensaiada descaradamente por este governo sem escrúpulos. AO QUE SÓCRATES CHEGOU. QUE TEATRO!!! BATEU NO FUNDO MESMO!
PS: Já agora, quanto custou o estudo? Os astronómicos honorários com que a Ministra da Educação brindou o irmão do Paulo Pedroso, para fazer duas vezes o mesmo trabalho (cf. http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/186261 e http://coisoblog.blogspot.com/2009/01/mais-uma-irmo-de-paulo-pedroso-papa.html)?

OI e para quem quiser ser avaliado...

Como há muita confusão sobre esta matéria, aqui vai o essencial sobre os OI e a avaliação da componente científica que recolhi de vários blogues, com alguns comentários pessoais à mistura.

Para que conste, nenhum Decreto Regulamentar pode definir como fase do processo de avaliação a entrega dos OI, algo que não está no Estatuto da Carreira Docente, cujo artigo 44º diz o seguinte:


Artigo 44º
Processo de avaliação do desempenho
1 - O processo de avaliação do desempenho compreende as seguintes fases:
a) Preenchimento de uma ficha de avaliação pelo coordenador do departamento curricular ou do conselho de docentes respectivo;
b) Preenchimento de uma ficha de avaliação pelo presidente do conselho executivo ou pelo director da escola ou agrupamento de escolas;
c) Preenchimento pelo avaliado de uma ficha de auto-avaliação sobre os objectivos alcançados na sua prática profissional, na qual identificará a formação contínua realizada;
d) Conferência e validação dos dados constantes da proposta de classificação, quando esta apresente as menções de Excelente, Muito bom e Insuficiente, pela comissão de coordenação da avaliação;
e) Entrevista dos avaliadores com o avaliado para conhecimento da proposta de avaliação e apreciação do processo, em particular da ficha de auto-avaliação;
f) Reunião conjunta dos avaliadores para atribuição da classificação final.
2 - O processo de avaliação implica a utilização de instrumentos de registo normalizados.
3 - Os modelos de impressos das fichas de avaliação e de auto-avaliação são aprovados por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.
4 - A validação das propostas de avaliação final correspondentes à menção de Excelente ou Muito bom implica confirmação formal do cumprimento das correspondentes percentagens máximas através de acta da comissão de coordenação da avaliação.

Segundo um mail da DGRHE, os PCEs podem definir os O.I. sempre que os avaliados não o façam. Essa definição tem por base as metas e os objectivos do PE e do PAA. Todavia, um PCE não pode discordar de um documento (Objectivos Individuais) que não lhe é entregue, que tem que ser redigido pelo avaliado, que é individual (e por isso intransmissível) e fazer prevalecer a proposta do Avaliador, conforme diz o DR 2/08.
Se o avaliado não entregar O.I. como é que se pode entender que haja discordância entre o avaliado e os avaliadores? Tudo o mais que se diga é marginal à lei, é prepotência, mas há recursos hierárquicos e há o Tribunal Administrativo.


Pior que entregar os O.I. é fazê-lo e exigir ser avaliado na componente científica.
Como já tive ocasião de comentar algures, quem participa em greves e manifestações contra a avaliação e logo a seguir pede aulas assistidas está a ser inconsequente. É aí que está a incongruência, mas também a capitulação, ainda que irreflectida e inconsciente. Não vêem que se estão a deixar ir no engodo da ministra, que, assim, consegue fazer avançar a avaliação. Faz lembrar a história do burro a correr atrás da cenoura...
De facto, se quiserem pedir o "muito bom" e o "excelente" estão a dar o sinal à ministra que concordam com esta avaliação. Há quem o faça julgando que, sem concorrência, mais facilmente obterá um EXC ou MB. Quem usa estes artifícios está a proceder muito mal. Além de dar argumentos à ministra para justificar que o modelo burocrático imposto pelo decreto regulamentar 2/2008 foi aceite pelos professores está já a ser implementado, prejudica também o trabalho de luta até agora realizado.
Toda a gente sabe que, nas actuais circunstâncias, este modelo é uma farsa. Parece-me justa a atitude dos avaliadores que tencionam não atribuir mais de Bom a ninguém. No meio de tantas injustiças, optam pelo mal menor.
Se os colegas não conseguem resistir às pressões e às ameaças e se não têm coragem para recusar a entrega dos objectivos individuais, sugiro que não peçam para ter aulas observadas.
Por que razão não devem pedir para serem avaliados na componente científica?
Porque isso é o mesmo que concordar com a totalidade do decreto regulamentar 2/008. Porque, se houver muitos professores a fazer isso, a ministra dirá que os professores concordam com o modelo completo. Porque fazer isso, numa altura destas e nestas circunstâncias, é uma forma de chico-espertismo.


Vide ainda:
http://paulocarvalhoeducacao.files.wordpress.com/2009/01/esclarecimentos-sobre-as-implicacoes-da-nao-entrega-de-objectivos1.pdf

http://www.profblog.org/2009/01/objectivos-individuais-entregar-no.html

http://educar.wordpress.com/2009/01/22/a-adesivagem-ao-ataque/

http://www.profblog.org/2009/01/resposta-da-dgrhe-pergunta-quais-as.html

Entregar os O.I. é pactuar com este modelo de avaliação!


ENTREGAR OS OBJECTIVOS INDIVIDUAIS SIGNIFICA:


  • ajudar agora o ME a implementar o seu modelo de avaliação e a consolidar o seu ECD;

  • aceitar que, no próximo ano lectivo, o modelo imposto pelo ME se aplicará na sua versão integral;

  • conformar-se com a existência de titulares e de quotas;

  • colaborar na degradação da escola e da profissão docente;

  • desperdiçar toda a força acumulada nas grandiosas manifestações de 8 de Março e 8 de Novembro e nas históricas greves de 3 de Dezembro e 19 de Janeiro.

NÃO ENTREGAR OS OBJECTIVOS INDIVIDUAIS SIGNIFICA:


  • rejeitar o modelo de avaliação do ME e continuar a contestação.

Mesmo correndo riscos, eles serão sempre insignificantes se comparados com os prejuízos provocados pela aplicação deste modelo, sobretudo tendo em conta que, neste momento, o risco será sempre muito limitado, porque:



  • A entrega dos objectivos não tem carácter obrigatório, portanto, não dá lugar a qualquer sanção disciplinar.

  • A não entrega dos objectivos não impede a continuação do processo de avaliação, já que a auto-avaliação, apesar de ser meramente consultiva, é considerada um dever, tenha-se ou não apresentado objectivos.

  • Os parâmetros da ficha do Presidente podem ser pontuados com ou sem objectivos definidos.

  • A avaliação não terá qualquer efeito nos concursos para o próximo ano lectivo.

Mesmo que assim não fosse, os professores são mais de 140 mil... Alguém imagina possível a instauração de processos disciplinares ou mesmo a assunção da não contagem do tempo de serviço a dezenas de milhar de docentes?!Por isso, a questão central, neste momento, é a seguinte:
VAMOS DEIXAR RUIR A UNIÃO E A FORÇA QUE TÃO DURAMENTE CONSTRUÍMOS?
O SPN e a FENPROF apelam a todos os professores para mostrarem a este Governo intransigente e incompetente que a dignidade não tem preço.Nas escolas onde não for possível aprovar esta posição, isso não impede os colegas em minoria de afixar na sala dos professores uma Declaração de não entrega de objectivos. A contabilidade da não participação neste modelo far-se-á não só pelo número de escolas, mas também pelo de professores que, em todo o país, dele claramente se demarcaram.
Fonte: SPN

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Enviem mensagens aos deputados do PS

A Fenprof faz um apelo para se encher com mensagens de protesto os mails de 40 deputados do PS que são docentes. A ideia é pressioná-los a aprovarem o projecto do CDS-PP, que defende a suspensão da avaliação e será votado no Parlamento no dia 23.
Enviem, por isso, a vossa mensagem aos professores que são deputados do Partido Socialista, sobretudo aos que são professores e que têm votado contra as sucessivas propostas de lei de suspensão da avaliação de desempenho apresentadas pela oposição.
Como sabem, os deputados do Partido Socialista inviabilizaram na Assembleia da República várias resoluções que, de forma sensata, propunham a suspensão da avaliação de desempenho dos professores. Muitos destes deputados são ou foram professores. e por isso mesmo, têm responsabilidades acrescidas nesta matéria.
Aqui fica o desafio:
Escolham os deputados professores do Partido Socialista do vosso círculo eleitoral e enviem-lhes uma mensagem. Contem-lhes o que se está a passar na sua escola em matéria de avaliação de desempenho. Sugerimos ainda que lhes perguntem se sabem o que se está a passar nas escolas onde exerceram a profissão.
Aqui ficam os endereços electrónicos dos deputados professores e professoras do Partido Socialista, por círculo eleitoral:


Açores

Luiz Fagundes Duarte

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=9&leg=X

Renato Leal
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=461&leg=X


Aveiro

João Bernardo
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=464&leg=X

Rosa Maria Albernaz
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=12&leg=X

Braga

António José Seguro
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=260&leg=X

Isabel Coutinho
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=429&leg=X

Manuel Mota
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=466&leg=X

Ricardo Gonçalves
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=27&leg=X

Bragança

Mota Andrade
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=28&leg=X

Coimbra

Horácio Antunes

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=432&leg=X

Matilde Sousa Franco
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=431&leg=X

Teresa Portugal
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=433&leg=X

Europa

Maria Carrilho
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=152&leg=X

Évora

Bravo Nico

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=490&leg=X

Faro


Aldemira Pinho

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=436&leg=X

Jovita Ladeira
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=44&leg=X

Guarda


Fernando Cabral

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=343&leg=X

Leiria

Odete João

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=438&leg=X

Lisboa

Celeste Correia

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=67&leg=X

Irene Veloso
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=409&leg=X

Jaime Gama
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=145&leg=X

José Augusto de Carvalho
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=156&leg=X

José Lamego
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=84&leg=X

Pedro Farmhouse
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=440&leg=X


Madeira


Jacinto Serrão

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=462&leg=X

Maria Júlia Caré
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=463&leg=X

Portalegre

Miranda Calha

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=79&leg=X

Porto

Agostinho Gonçalves

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=473&leg=X

Alcídia Lopes
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=494&leg=X

Santarém

Fernanda Asseiceira

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=454&leg=X

Setúbal

Alberto Arons de Carvalho

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=149&leg=X

Maria Manuel Oliveira
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=500&leg=X

Teresa Diniz
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=455&leg=X

Vítor Ramalho
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=166&leg=X


Viana do Castelo


Jorge Fão

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=457&leg=X

Rosalina Martins
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=119&leg=X


Vila Real


Maria Helena Rodrigues

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=482&leg=X


Viseu


Cláudia Couto Vieira

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=459&leg=X

José Junqueiro
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=122&leg=X

Paulo Barradas
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=509&leg=X

Miguel Ginestal
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=123&leg=X


Foram Professores/as

Lisboa

Ana Couto

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=442&leg=X

Ramos Preto
http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=398&leg=X


Madeira


Maximiano Martins

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=403&leg=X


Setúbal


Ana Catarina Mendonça Mendes

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=113&leg=X

Porto

Manuela de Melo

http://www.ps.parlamento.pt/?menu=deputados&id=389&leg=X

Façam como a colega Maria Graça Faria que enviou este texto para os deputados do PS do distrito de Aveiro:

Senhora deputada Rosa Maria Albernaz
É com profunda consternação que me dirijo a si mas só o faço porque sou sua conterrânea e não ficaria de bem comigo mesma, se não lhe escrevesse algumas palavras.
Sou mulher da sua geração, e sei que vivemos ambas uma época de grande agitação política e social, mas de muita determinação. Constato também que ambas seguimos o caminho do ensino.
É esse caminho que tenho trilhado ao longo de 27 anos e que me tem dado muitas dores de cabeça, muitas noites sem dormir mas muitas alegrias, sobretudo quando vejo as notas dos exames dos meus alunos, quando os acarinho nos corredores, quando me apresentam as esposas, maridos, filhos, quando fazem questão de me oferecer um café…
É com profunda consternação e com uma amargura enorme que vivo hoje a Escola que o seu governo criou… uma Escola que não reconheço, colegas que não reconheço, alunos que não reconheço e que me fazem lembrar o monstro que o seu governo deu à luz ou melhor, deu às trevas.
Saiba, a Senhora Deputada que, apesar de ser uma "reles" professora e não pertencer a esse corpo qualificado que a senhora ministra criou, sou tão boa ou muito melhor do que os professores de primeira, criados por esses feiticeiros de Oz do ministério que de educação nada percebem, como tão bem sabe. E sabe porque sou assim tão "reles" e eles excelentes? Porque estavam no sítio certo, no minuto exacto e porque muitos deles receberam cargos para completarem horários, por serem os últimos da lista.
Saiba também, Senhora Deputada, que não tenho medo nenhum de ser avaliada, mas este modelo não serve para me avaliar a mim nem aos outros 140 000 professores… porque é uma autêntica aberração.
Foi pois, com profunda consternação, que assisti ao seu comportamento de ex-professora…supostamente conhecedora da realidade da escola, votar contra a suspensão de um modelo que sabe que não garante equidade e universalidade na avaliação, não valoriza a essência da actividade docente, mantém a divisão artificial da carreira docente em categorias, entre muitas outras coisas.
Senhora Deputada a justiça é um valor que não deve estar sujeita a qualquer disciplina partidária e, para terminar deixo-lhe, à laia de reflexão, e antes de voltar a votar, uma máxima da sabedoria do nosso povo: Não há mal que sempre dure nem bem que não se acabe.
Maria Graça Faria


Recordo os nomes dos deputados do PS, professores, que votaram contra a proposta do CDS no passado dia 8 de Janeiro:

Odete João - Leiria - professora do ensino secundário, n. 1958, lic. em Mat. e mestre em Tecnologias da Informação, foi coordenadora do Centro de Área Educativa de Leiria


Fernanda Asseiceira - Santarém - professora do 2º CEB, n. 1961, lic. em Marketing
João Bernardo - Aveiro -prof. do 1º CEB, n. 1955, fez um complemento de formação em Gestão Escolar
Rosa Maria Albernaz - Aveiro - professora do 1º CEB, n. 1947, é deputada há muito tempo.
Paula Barros - Vila Real - professora do ensino secundário, n. 1966, foi presidente do CE do agrupamento de escolas Francisco Gonçalves Carneiro, em Chaves.
Jorge Fão - Viana do Castelo - lic. em educação/animação comunitária, n.1956.
Rosalina Martins - Viana do Castelo - lic. em ensino do Port./Francês, n. 1955
Ricardo Gonçalves - Braga - lic. em Filosofia, n. 1957, professor do ensino secundário
Fernando Cabral - Guarda - licenciado (não refere em que área), n. 1956, professor do ensino secundário
Bravo Nico - Évora - doutorado em ciências da educação, n. 1964, professor da Universidade de Évora
Isabel Coutinho - Braga - lic. em história, n. 1966, professora do ensino secundário
Cláudia Vieira - Viseu - lic. em direito, n. 1967, foi professora mas agora é advogada
Miguel Ginestal - Viseu - lic. em ensino (não diz em quê; julgo que será em ensino do 2º CEB) e mestre em gestão pública, n. 1965, professor (não diz em que nível mas eu julgo que é no 2º CEB)
José Junqueiro - Viseu - lic. em humanidades, n. 1953, professor. Já está há décadas no Parlamento.
Paulo Barradas - Viseu - lic. em humanidades, mestre em história medieval, professor do ensino secundário
Jovita Ladeira - Faro - curso do magistério primário e lic. em comunicação, n. 1957, professora do 1º CEB
Aldemira Pinho - Faro - lic. em economia, n. 1952, professora do 2º e 3º CEB
E mais estes:
Agostinho Gonçalves, Porto, Curso de Engenharia Electromecânica, Professor do Ensino Secundário

Celeste Correia, Lisboa, Licenciatura em Filologia Românica, Parte curricular dos Mestrados em Relações Inter-Culturais e Linguística Portuguesa Descritiva, não consta nível de ensino, deputada desde a VII Legislatura
Horácio Antunes, Coimbra, Pós-Graduação em Administração e Políticas Públicas, professor do Ensino Básico

Jacinto Serrão, Licenciatura em Física, Ramo Ensino, Pós-graduação em Supervisão e Orientação da Prática Profissional, Professor do 3º Ciclo e do Ensino Universitário

José Augusto de Carvalho, Lisboa, Licenciatura em Ciências Humanas e Sociais, Professor do Ensino Secundário

Manuel José Rodrigues, Faro, Licenciatura em Economia, Inspector Superior da Inspecção-Geral de Educação, não consta nível de Ensino

Maria Helena Rodrigues, Vila Real, Licenciatura, não consta a o curso nem o nível de ensino

Maria Manuel Oliveira, Setúbal, Licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas - Estudos Portugueses e Ingleses, professora do Ensino Secundário

Miranda Calha, Portalegre, Curso Superior de Ciências Pedagógicas, Licenciatura em Filologia Germânica, deve ser Professor do correspondente ao 2º Ciclo embora tenha dado aulas no Liceu, foi professor no Liceu de Nacional de Portalegre e Director da Escola Preparatória de Castelo de Vide

Pedro Farmhouse Simões Alberto, Lisboa, Licenciatura em Ciências da Comunicação, não consta nível de ensino




Governo Regional dos Açores suspende avaliação de desempenho

Depois, da Madeira, é agora a vez dos Açores suspenderem um modelo de avaliação de desempenho que criou confusão e instabilidade nas escolas. O que é que muda nos Açores?
1. A avaliação de desempenho dos professores dos Açores incluirá, este ano, apenas uma relatório de auto-avaliação a entregar pelo professor no final do ano.
2. Em Fevereiro, os sindicatos e o Governo regional iniciam um processo negocial para aprovação de um novo modelo de avaliação de desempenho diferente do que foi criado pelo decreto regulamentar 2/2008.
3. O novo modelo será implementado a partir de Setembro de 2008. O Governo Regional dos Açores já fez várias cedências: A avaliação deixa de ter periodicidade anual e as grelhas vão ser abandonadas e substituídas por instrumentos de registo mais simples.
Com este recuo do Governo regional dos Açores, a ministra da educação fica numa posição mais frágil. Não se compreende como é que, no mesmo país, vão coexistir dois modelos de avaliação de professores tão distintos.
Está nas mãos dos professores do Continente rebentarem também com o modelo imposto pelo decreto regulamentar 2/2008. E não me parece difícil. Basta continuarem a aderir em massa às greves e recusarem a entrega dos objectivos individuais. Com um pouco de coragem e de verticalidade é possível chegar lá.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Uma boa segunda-feira de greve!


Só uma elevada adesão à greve forçará o recuo do Governo. Na segunda-feira, não há desculpas. A greve é um direito constitucional.
Rosário Gama, presidente do Conselho Executivo da secundária Infanta D. Maria, de Coimbra, diz que saiu do longo encontro com a ministra da Educação, ontem, com uma certeza: "Está tudo na mão dos professores. Terão de ser eles a travar o processo, não entregando os objectivos, e nós só podemos apoiá-los."