segunda-feira, 24 de março de 2008

Indisciplina nas escolas é objecto de estudo no Reino Unido

Notícia de "O Público" 24.03.2008

A indisciplina dos alunos nas escolas terá origem na educação que as crianças recebem dos pais em casa, concluiu uma investigação da Universidade de Cambridge, divulgada este fim-de-semana no jornal britânico The Guardian. Segundo os investigadores, o mau comportamento dos jovens é fomentado por pais "demasiado indulgentes" que não sabem como dizer "não" aos seus filhos. O estudo foi encomendado pelo sindicato dos professores e concluiu que estes têm de lidar com um "pequeno mas significativo" número de alunos que têm crises quando contrariados e que chegam exaustos às aulas por se deitarem tarde. Acrescenta que os professores têm também de lidar com uma postura de "confronto" dos pais. A investigação foi motivada pela preocupação manifestada por professores que disseram estar a enfrentar mais problemas comportamentais e menos problemas de currículo, como acontecia há uns anos atrás.

Semelhanças com a situação portuguesa?
Então vejam:



Outra notícia do DN de 24.03.08:

Oito mil professores descobrem alunos armados

Educação, educação, educação. Assim enumerava Tony Blair a sua prioridade governativa na campanha para as eleições legislativas de 1997. Hoje, 11 anos passados, o sindicato britânico dos professores quer completar a palavra de ordem com "igualdade, igualdade, igualdade".

Tudo porque considera que os jovens de famílias desfavorecidas apresentam maiores probabilidades de terem comportamentos de risco, numa altura em que um estudo veio revelar que, todas as semanas, oito mil professores descobrem alunos com armas dentro das escolas.

O estudo do Instituto de Educação da Universidade de Warwik, ontem citado pelo Independent, revelou que a proporção de professores a lidar com armas aumentou de 0,5% por semana em 2001 para 1,9%. O estudo também revela que um em cada dez professores admitiram ter sido empurrados por alunos.

Os incidentes com drogas também aumentaram e mais que duplicaram no espaço de sete anos: de 1% de participações passou-se a 2,2%. Os incidentes mais graves estão concentrados nas áreas desfavorecidas, revelou o mesmo estudo, realizado sob a coordenação de Sean Neil.



Vejam as diferenças com a situação portuguesa e a ministra que trate de seguir os conselhos do PGR, antes que haja mortes nas escolas.

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